Sérgio Souza quer
medidas urgentes do governo para acabar com protesto de caminhoneiros
O deputado Sérgio Souza (PMDB-PR)
manifestou hoje (24/03), em seu primeiro pronunciamento no plenário da Câmara
Federal, sua preocupação com o impacto no agronegócio do protesto dos
caminhoneiros que atinge o Paraná e mais sete estados. Pouco antes, o parlamentar também tratou do assunto
com a ministra da Agricultura, Kátia Abreu, e com a Frente Parlamentar da
Agropecuária (FPA). Segundo ele, a
mobilização da categoria contra o aumento do óleo diesel e baixo preço dos
fretes está afetando o escoamento da safra de grãos, em pleno período de
colheita, e já compromete o abastecimento em alguns municípios paranaenses.
“Os produtores rurais podem ter grandes
prejuízos caso o movimento prossiga”, disse Sérgio Souza, acrescentando que o
governo federal precisa adotar medidas concretas para solucionar a crise no
setor de transporte de cargas. “Em algumas regiões do Paraná, o transporte de
produtores perecíveis, como leite e seus derivados e aves e suínos, está
comprometido. Além disso, também há falta ração, insumos agrícolas e gasolina e
alguns frigoríficos estão fechando.” Para o deputado, é necessário evitar que o
protesto leve ao desabastecimento, o que teria graves consequências para a já
fragilizada economia brasileira.
Nos últimos anos, lembrou o
parlamentar, a precária infraestrutura de transporte rodoviário de carga tem
prejudicado o escoamento das safras de grãos.
“Porém, nesta safra, a crise no transporte da produção agrícola se
agravou com a mobilização dos caminhoneiros, que reivindicam redução no preço
dos combustíveis (o litro de óleo diesel está custando R$ 2,75 em algumas
regiões) e melhoria no preço dos fretes.”
Ainda de acordo com o deputado, a
elevação dos preços dos combustíveis no Brasil está na contramão do que ocorre
no mundo, tendo em vista que a cotação internacional do petróleo caiu muito nos
últimos tempos. “Aqui, também há um forte taxação dos combustíveis, com
encargos tributários como a Cide.”
O aumento do preço do diesel,
aliado à baixa rentabilidade do serviço de transporte de carga, provocou a
mobilização da categoria, que já estava organizada em razão da Lei dos Caminhoneiros,
assinalou o deputado. Ele está acompanhando as reuniões entre o governo
federal, empresários do setor do agronegócio e representantes dos caminhoneiros
e empresas transportadoras para buscar um saída para acabar com o protesto nas
estradas do país. “É preciso estabelecer o diálogo para pôr fim ao impasse.”
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