A primeira reunião da CPI dos Fundos de Pensão com depoimentos pedidos por requerimentos de deputados que fazem parte da comissão durou sete horas. A audiência ocorreu nesta quinta-feira (20/8). O deputado federal Sérgio Souza (PMDB-PR) é o relator.
Pela ordem, os convocados que prestaram esclarecimentos foram: Luiz Albert0o Menezes Barreto, presidente da Associação dos Profissionais dos Correios (Adcap); Antônio Augusto de Miranda e Souza, diretor dos Fundos de Pensão dos Funcionários da Caixa Econômica Federal (Funcef); Cláudia Muinhos Ricaldoni, presidente da Associação Nacional dos Participantes de Fundos de Pensão (Anapar); e Jair Pedro Ferreira, presidente da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae).
Acusações -
Segundo Barreto, durante sete anos os Correios vinham realizando o pagamento de débitos acumulados com o Postalis, da ordem de cerca de R$ 28 milhões por mês.
O diretor da Funcef, Antônio Miranda criticou o grande volume de investimentos feitos por fundos de pensão em aplicações de renda variável. Ele comentou ainda os investimentos feitos por diversos fundos de pensão de estatais em obras ligadas a empreiteiras citadas na Operação Lava Jato, como a Sete Brasil - empresa privada criada pela Petrobras em 2011 para construir 28 sondas de perfuração para exploração do petróleo do pré-sal.
Cláudia Ricaldoni defendeu o papel dos participantes de fundos de pensão na fiscalização do patrimônio. “Por mais que a Previc - Superintendência Nacional de Previdência Complementar - esteja estruturada e funcione bem, nós, os participantes é que precisamos fazer o acompanhamento da gestão e o controle do patrimônio dos fundos, mas para isso nós precisamos de paridade, transparência e estabilidade no mandato”, disse ela, ao sugerir a revisão do marco legal dos fundos de pensão.
Assessoria de imprensa (Ascom/BSB)
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