A Comissão especial do Pacto Federativo aprovou nesta
quarta-feira (26/8) o texto que impede a União de impor ou transferir encargo
ou prestação de serviços a estados, DF ou municípios sem a previsão de repasses
financeiros necessários ao seu custeio.
Ou seja: para determinar qualquer aumento de despesa para os demais
entes federados, como o reajuste do piso nacional dos professores, a União deverá
ter recursos disponíveis.
O deputado federal Sérgio Souza (PMDB-PR) sempre demonstrou
apoio à causa, principalmente levando em consideração a situação que os
municípios têm passado nos últimos anos: "Os municípios assumiram quase a
totalidade das obrigações repassadas pelo Governo Federal. Hoje, representa
60%, mas eles não têm mais poder de investimento e dependem da União e dos
estados. O dinheiro repassado não é mais suficiente há tempos", frisou o
parlamentar.
Impasse –
Houve impasse na sessão passada, porque a base do governo na
Câmara temia que a PEC gerasse custos extras à União, na forma de compensações
financeiras aos entes federados. Agora,
caso a União não tenha recursos disponíveis previamente, antes de determinar
aumentos, ficará impedida de determinar que estados e municípios arquem
sozinhos com a despesa.
Outra mudança feita no texto diz respeito à possibilidade de
existir, anualmente, um acerto de contas de estados e municípios com a
União. Assim, desde que não envolvam
débitos previdenciários, as despesas poderão ser compensadas ao final dos
exercícios financeiros.
A PEC segue para análise no Plenário da Câmara dos
Deputados, depois, deverá ser votado em pelo Senado. Ambas as Casas, em dois
turnos.
Assessoria de imprensa (Ascom/BSB)
Deputado federal Sérgio Souza
Deputado federal Sérgio Souza
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